Da coluna de Miriam e Silvano, “PATU MELHOROU, MELHOROU SIM”


Quero dar um voto de pesar a Patu, pois eu e muita gente com certeza chorou. Chorou. Virou estátua. Tamanha a crueldade à cidade, ao meio ambiente e ao clima. Meus pêsames a quem teve essa infeliz ideia. E meus pêsames aos gestores de Patu por muitas coisas que vou relatar a seguir:

A SAUDE. Que decepção. Na pesquisa divulgada em todos os jornais do Estado, Patu faltou pouco para ser a pior. De todos os municípios ficou em penúltimo lugar. Por isso, será que ainda dá para cantar “Patu melhorou, melhorou sim”?

O índice de dengue está no mesmo patamar da saúde. Proporcionalmente teve o maior índice de surtos dessa endemia. Por isso sai cada vez mais desafinado da boca de todos “Patu melhorou, melhorou sim”.
O ensino seguiu os passos dos outros dois acima citados. Há o agravante da insegurança do transporte escolar. Crianças em cima de caminhonetas velhas com pneus carecas, sem a mínima condição de uso para tal fim. E em casa, os pais com o coração na mão entregam a sorte do filho a Deus e pensam será que “Patu melhorou, melhorou”?

Silvano e eu admiramos “a obra prima” construída na gestão atual que é o famoso terminal turístico religioso à direita da estrada que dá acesso ao Santuário do Lima, estrada essa fechada de mato nas laterais e que há muito tempo não foi roçado, dificultando a visibilidade e o trânsito de carros de maior porte. Ficamos a admirar tamanha “obra”. A placa com o valor estampado de mais de R$ 524 mil reais que se supõe tenham sido gastos ao menos em parte, com o monte de areia lá depositado e que no momento serve para descanso de alguns cavalos lá residentes. Por isso alguém que por lá passava, cantarolava baixinho: “Patu melhorou, melhorou para eles”.

Tem tanta coisa sendo feita às avessas nesta terra do contrário. Por exemplo: alguém sabe como está sendo abatido o gado, bovino, suíno e caprino e ovino? Onde e como funciona o matadouro? Será que acontece vistoria sanitária por lá? Pelo que sei e vi, lá tudo está mais semelhante a um cenário de filme de terror em que o tema musical poderia ser “Patu melhorou, melhorou sim”.

Hoje até uma criança do fundamental em qualquer escola, já aprendeu que o povo pagou através dos impostos a construção do novo matadouro. Pergunto: Porque é que não funciona? Ou será desculpa de que o IBAMA não permite a retirada do mato que lá já apareceu?

Também meus pêsames aos paisagistas que estão fazendo os “jardins” da avenida Lauro estará melhorando Maia. Se tivesse acontecido uma enquete com o povo de Patu, acredito que não teriam sido derrubadas as árvores frutíferas, mas teriam acrescentado a elas, árvores nativas tais como ipê, pau Brasil, buganvilas, flamboyants, jasmins, flores da região, tais como  bom dia e boa noite e abougares que além de embelezar perfumam o ambiente. O clima melhora e a retina de nossos olhos se alegra com a beleza quando estão floridos. A palmeira imperial, além de não ser de nossa região não faz sombra nem refresca,  pássaro algum lá faz ninho, não apresenta  fruto nem flor. Uma paisagista que mata a natureza, esquece que incorre em crime. Bonita é a diversificação mostrando cada canteiro de modo diversificado e com criatividade, pois na natureza não existe igualdade, apenas semelhança. Portanto, respeitemos a natureza. Ela é soberana. A ela pertencemos. Quando ela morre, também morremos. A natureza é vida. E neste caso poderíamos cantar com todo entusiasmo: “Patu melhorou não só para mim, mas para todos”.

Ano eleitoral: Vamos imaginar um candidato que acima de tudo respeite o outro, respeite a família e respeite o meio ambiente. Deixe viva a história da cidade, respeite o idoso e a criança, Saiba usar o dinheiro que é do povo e que o faz voltar ao povo através da saúde, educação, geração de emprego e renda. Este então estará cumprindo o que está escrito na constituição brasileira e para o bem de Patu que estará melhorando e tendo um povo cada vez mais participativo e feliz, sem hipocrisia e “ingrezia”. Sem véus, com certeza, tudo ficará mais transparente e bonito. “Inté mais”. Outro dia abordarei outros temas. Quero agradecer aos que leem minha coluna. Peço que comentem e completem as ideias, a bem da democracia.